Segundo treino na ilha de Páscoa. Para compensar o treino anterior, de difíceis condições climáticas, o dia amanheceu lindo, com pouco vento e um céu azul. Um sol bonito, mas nada de calor.
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Saindo para correr |
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Saindo do hotel para iniciar a corrida |
Em Hanga Roa, capital da Ilha de Páscoa só amanhece às 08:30 (10:30 hora do Brasil). Antes disso é um breu absurdo porque quase não há iluminação pública e nem todas as casas tem luz elétrica. Acordávamos e ficávamos esperando o dia nascer para sair.
Desta vez resolvemos quebrar o treino para apreciar o lugar que é sensacional. No primeiro trecho fomos até Vinapu, que tem uma vista maravilhosa.
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Parte do trecho mais fácil. Apesar de ser uma subidinha, é asfalto. |
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Pegando a entrada para Vinapu |
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Outro terreno. Apesar de ainda ser asfalto, tinha muita pedrinha solta. |
Fomos em um ritmo leve sentindo os aromas, respirando ar puro e devorando a paisagem. Quase não vimos pessoas, mas quando cruzávamos com alguém, especialmente locais, eles nos acenavam.
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É bacana correr em diversos terrenos. Chegando em Vinapu com este marzão à minha frente |
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O tempo que levamos para chegar em Vinapu desde o hotel |
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A vista maravilhosa de Vinapu |
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Correr em dupla pode ser muito bom |
Em Vinapu paramos um tempo para apreciar esta vista. Não estávamos com pressa. Não dá para ter pressa neste lugar. É uma natureza tão primitiva que muitas vezes causa sentimentos intensos, incluindo medo. São sentimentos que eu nem sabia que eu tinha dentro de mim.
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Deixando os sentimentos, que nem sabia que eu poderia sentir, aflorarem. |
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Exploramos o lugar que tem umas casas com influência inca. Estávamos sozinhos. Os únicos barulhos, além de nossa respiração, eram os feitos pela natureza. Podíamos ouvir nossos pensamentos. Não dava a menor vontade de ir embora. Mas tínhamos que partir.
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Subindo de volta para pegar a estrada |
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É hora de começar a correr para o segundo trecho. |
De Vinapu, seguimos para o Complexo Tahai. Lá existem três ahus que são as plataformas onde ficam os moais. Um dos meus lugares preferidos na ilha. Todos os dias passávamos por ali.
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Chegamos no Complexo Tahai depois de pouco mais de 1h de corrida |
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Tentando alogar, mas toda travada. |
Correr até este lugar foi uma delícia. Chegamos no Complexo para renovar as forças. Demoramos um tempo por aí também, assistindo este belíssimo dia, olhando os moais, tendo certeza que a vida aqui tem outro ritmo. Baterias carregadas, estava na hora de voltar para o hotel, porque a fome começou a pegar.
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Terminado o delicioso treino |
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Treino concluido quase 1,5h e 14km depois. |
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Comi com voracidade meu café da manhã |
E à tarde resolvemos fazer um cross-trainning pela ilha, com caminhada e bike para explorar outros belíssimos lugares. Nunca vi tanto lugar espetacular.
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Depois de correr quase 14km, caminhamos e pedalamos. |
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As pernas até estavam cansadas, mas por este visual, quem liga? |
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Pedalamos numa pirambeira: só ladeira e pedras. Mas valeu cada minuto. |
Foi um treino sensacional. Foi um dia sensacional. Mas não acabou bem. À noite, depois que jantamos, voltamos para o hotel. Um tipo entrou pela varanda, no primeiro andar, com a gente dentro e levou minha mochila. Esta mesma, a pretinha das fotos. Dentro, entre outras coisas, estava meu passaporte, cartão de crédito e o garmin. Prejuizo sentimental e financeiro. E para piorar a situação, na madrugada o sujeito voltou. Até agora a polícia nada descobriu. Por conta disso, antecipamos nossa saida da ilha. Os dias vividos por lá foram maravilhosos, mas com este último acontecimento confesso que o gosto amargo está bem forte.
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